No último dia 21 de maio, um caso grave chocou São José dos Campos: Maria das Graças de Oliveira Prado, de 77 anos, foi feita refém dentro de uma unidade da rede Sonda de Supermercados, no bairro Jardim Paulista. A idosa foi mantida sob ameaça por horas por um homem que tentava furtar produtos do estabelecimento e acabou rendendo-a no momento da tentativa de fuga frustrada.
Após o grande destaque dado ao caso pela imprensa local no dia do ocorrido, pouco se falou sobre o estado de saúde e o amparo à vítima nos dias seguintes. Agora, pela primeira vez desde o episódio, Dona Maria das Graças concedeu uma entrevista em áudio ao canal Pelo Bem de São José, gravada por sua neta, e revelou detalhes preocupantes sobre o pós-trauma que enfrentou — e o abandono que sofreu.
Dois pontos abordados na entrevista chamaram especialmente a atenção. O primeiro, a demora no atendimento policial. Segundo a vítima, não havia delegado disponível na delegacia local para registrar o caso. “Fiquei esperando por horas. Só consegui voltar pra casa às 22 horas”, contou. Um delegado de outra localidade precisou ser deslocado para atender a ocorrência.
O segundo ponto, ainda mais sensível, é o completo silêncio da rede Sonda. Desde o incidente, segundo Dona Maria, a empresa não a procurou para oferecer qualquer tipo de apoio, seja psicológico ou emocional. “Eles não ligaram, não ofereceram ajuda, não perguntaram como eu estava”, desabafou.
A denúncia feita pela idosa reabre o debate sobre a responsabilidade social de grandes redes comerciais diante de traumas vividos por clientes em suas dependências. O silêncio da empresa até o momento também levanta questionamentos sobre a forma como casos de violência são tratados por parte do setor privado.
Assista o vídeo da entrevista em nosso www.instagram.com/pelobemdesaojose.oficial
Pelo Bem de São José